quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Um Novo Caminho





Quero começar um novo caminho
Rasgar trapos velhos
Partir copos de cristal
Destruir sonhos quebrados
Esventrar corações destroçados
Trilhar caminhos rasgados

Quero começar um novo caminho
Criar raízes noutros mundos
Folhear livros esquecidos
Ler romances proibidos
Aprender com a lua e o sol
Com o mar e areia, desenlear minha teia

Quero começar um novo caminho
Quero paz, saúde a carinho
Quero amor e tranquilidade
Quero palavras sábias
Quero saber dar e receber
Quero caminhar e viver.

Quero começar um novo caminho
Num mundo de paz e amor!
Quero continuar a ter Fé e esperança
Em Deus nosso Senhor!

Maria Antonieta Oliveira
31-12-2014




domingo, 28 de dezembro de 2014

Choro

CHORO


No meu coração chovem lágrimas de dor
Lá fora, chovem as nuvens no céu levadas

Choro!
Nem sei porque choro, mas choro
O meu coração partido, dorido, sofrido
Pela dor e sofrimento que me rodeia
As dores do amor, do corpo e da alma
As dores do tempo que se esvai
As dores daqueles que partem e não voltam mais
As dores de querer, de ter, de viver e sentir
As dores que meus olhos choram.

Choro!
Sem querer, quase não penso em Ti
Penso, sim penso!
Mas é tão vago o meu pensamento
Rogo-Te sem rezar
Peço-Te sem antes Te agradecer
Quero, quase exijo, e nada Te dou em troca

Creio!
Creio em Ti Senhor!
Creio!
Creio em ti minha Santa Mãe!
Creio!
Nada abala a minha Fé!

Amanhã, não chorarei!
Amanhã meu coração estará radioso
E lá fora, as nuvens passaram deixando no ar um aroma feliz.

Amanhã não quero sentir deslizar no meu rosto
Lágrimas do sofrimento sentido

Não quero!
Não quero!
Mas choro!

Maria Antonieta Oliveira
28-12-2014






quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Vida Fugaz





Ontem, eras um jovem petiz
Enamorado

Enamorado pelo amor que sentias
Pela vida que querias
Por tudo o que fazias
Sem pensares que o tempo passa
A vida esvoaça
A dor afugenta a felicidade
A saúde, a alegria

E, num momento
Tudo parece um tormento
A vida é sofrimento
O tempo é fugaz
Voa dilacerando os ventos
Corações destroçados
Caminhos aniquilados
E tudo se perde.

Vive o hoje que é hoje
Vive o presente que é presente
Vive a felicidade do momento!

Maria Antonieta Oliveira
24-12-2014

domingo, 21 de dezembro de 2014

Inocência de Menino





Pezinhos descalços
caminham pela casa adormecida
Um sorriso matreiro
ilumina a carinha risonha do menino
Caminha devagar na pressa de encontrar
o pai Natal distraído, de sacola às costas.
Inocência de menino feliz.

O homem das barbas brancas
trará o carro vermelho do Nody
e a gasolineira amarela
Vai trazer também aquele Lego
que estava na montra e o menino pediu
O homem de vermelho sabe os desejos
E vai realizá-los.

Os pezinhos caminham já frios
na esperança do sonho imaginado
Mas o homem da sacola já partiu
ou será que ainda não chegou?!
A árvore de Natal continua sozinha
até as luzes estão apagadas
O menino triste chora
Os passinhos de regresso ao quarto
são lentos.
Inocência de menino infeliz.

Maria Antonieta Oliveira
15-10-2014






Mesa de Natal




A toalha vermelha, bordada com folhas de azevinho
cai sobriamente na mesa da sala
Os pratos debruados a dourado
estão postos a rigor, defronte das cadeiras forradas a cetim
Os talheres harmonizam-se nos devidos lugares
Também os copos se alinham um a um
Tudo está pronto

Na mesa de apoio, os olhares rejubilam
As azevias, o arroz doce, as filhoses, a trouxa-de-ovos
O bolo-rei também não pode faltar
E os bombons e os bonecos de chocolate lá estão.
Muitos doces e gelatinas, para adoçar as bocas.

Ao lado, a mesa dos vinhos
Os tintos e os brancos do Alentejo
O champanhe e os licores
Os sumos naturais, para a criançada
Até o jarro de água está presente
Nada falta, tudo a rigor.

A travessa com o peru é posta no centro da mesa
Outra, tem o arroz dourado no forno
E mais uma com batata assada, em cubos
A taça de vidro, está colorida com uma salada de legumes
O pão partido em fatias, num cesto de linho bordado.

Cada um se senta no lugar do costume
já o sabem de cor, é sempre o mesmo
Todos os natais são iguais,
a família se reúne em cada ano
é mais um dia de Natal.

Maria Antonieta Oliveira
15-10-2014






O Calor da Amizade






Há olhares que se cruzam
Nos dizeres do sentimento
Há abraços que se dão
Nos sentires da amizade
Há palavras sem dizeres
Na magia de um sorriso

Há momentos
Tão só momentos
Em que os corações se abrem
Dizem do sofrimento
Soltam o triste lamento
De palavras magoadas
Sofridas dilatadas
Nas artérias percorridas
Do sangue, da lágrima
Da vida louca vivida

Nos olhares
Nos abraços
No calor da amizade
Encontro rumo para continuar

Vós, amizades
Sois a minha força
A força que me dá fé
Esperança e vontade
Vós sois
O carinho da amizade.

Maria Antonieta Oliveira
21-12-2014

Um Santo e feliz Natal