domingo, 30 de outubro de 2016

Se O Mar Me Olhasse




Se o mar me olhasse, como o olho a ele
Talvez compreendesse o que sinto em mim
Quando o fito e miro e beijo em segredo
Descobriria os meus sonhos secretos
Aqueles que só o meu coração sente
E a minha mente deseja ansiosamente
Falaria de mim em redor dos medos
Que me fazem não ser o “eu” que quero
Que me fazem perder os momentos que desejo
Falaria das minhas ambições e mitos
Dos meus trilhos escondidos
Dos caminhos jamais percorridos
Sonharia comigo os sonhos de menina
De adolescente e de mulher
Pisaria a areia movediça em que me movo
E calcaria os passos que os meus pés calcam
Descobrindo os meus caminhos secretos
.
Se o mar me olhasse, como o olho a ele
Talvez compreendesse o que sinto em mim.

Maria Antonieta Oliveira
30-10-2016





sábado, 22 de outubro de 2016

Seria Feliz





Se eu pudesse
Morava na praia
Para ver o sol nascer e se perder no horizonte longínquo
Se eu pudesse
Bebia a água do mar
Para poder viver nele e sempre navegar
Se eu pudesse
Corria atrás das nuvens
Para me sentir livre e com elas poder voar
Se eu pudesse
Plantava uma floresta
Para nela me esconder e a sós puder meditar
Se eu pudesse
Criava um museu
Para nele depositar as minhas lembranças e nelas viver
Se eu pudesse
Mergulhava no infinito
Para nele me perder e me reencontrar
Se eu pudesse
Mudava o mundo
Para ter a alegria de ver as pessoas em paz

Se eu pudesse
Ah se eu pudesse!
Tudo seria diferente
Recomeçaria a vida
Criava outro caminho
E seria feliz.

Maria Antonieta Oliveira
22-10-2016





sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Escrevo Em Silêncio







Escrevo-te em silêncio
Para que não ouças os meus passos
No restolho da vida que passa
Escrevo palavras de ontem
No hoje de um amanhã incerto.

Escrevo-te em silêncio
Para que não ouças o meu suspirar
No espaço do meu sentir
De um coração agitado
Em imagens replectas de sonhos.

Escrevo-te em silêncio
Para que não ouças os meus passos em vão
Na procura de dias felizes
Em momentos partilhados
De um amor infinito de prazer.

Escrevo-te em silêncio
Para que não ouças este meu sonhar
Na noite da cama dormindo
Do dia da vida sentindo
Em que tu e eu passamos.

Escrevo-te em silêncio
Para que ouças o som das minhas palavras.

Maria Antonieta Oliveira
21-10-2016

Igreja Iluminada





Toca o sino
A aldeia em alvoroço
corre para a igreja
são as doze badaladas
é a missa do galo.

A igreja está engalanada
Junto ao altar
O presépio iluminado
Maria, José
E o menino Jesus
nas palhas deitado
O povo reza:
Pede paz e pão
Pede saúde e perdão
Entre abraços e beijos
Os votos são desejados
A missa termina.

A aldeia em alvoroço
mais calma e tranquila
regressa a casa
onde a mesa recheada os aguarda
para a ceia de Natal.

Maria Antonieta Oliveira
21-10-2016



quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Poemas





Ouço os teus passos
Nas batidas do meu coração
Ouço a tua voz
Nos lábios abertos ao amor
Ouço doces palavras
No som dos beijos trocados.

Momentos
Sonhos
Poemas

Continuo a sonhar
Porque,
Continuo a te amar.

Maria Antonieta Oliveira
20-10-2016

terça-feira, 18 de outubro de 2016

O Que Fui






Sinto falta de ser quem fui
De viver intensamente entre gente
De me rodear de amor
De ter liberdade e viver sem saudade
Sinto falta da minha realização
Do meu eu de antigamente
Sinto falta de ser quem fui.

Maria Antonieta Oliveira
19-09-2016



Extasiada




Extasiada
encontro o teu olhar perdido no meu
Extasiada
perco-me no teu olhar
E assim perdida
encontro-me para continuar.

Maria Antonieta Oliveira
19-09-2016

Olho o Mar





Vejo o mar
No teu olhar

Esse mar onde me quero (re)encontrar
Esses olhos que quero beijar
Esse tempo, esse amor que quero viver.


Ondulo ao som da maré
Na praia da vida onde passeio
Areias e pedras resvalam nos meus pés
Doridos, sofridos, caminham
O sol aquece o meu corpo
A mente aquece minh’alma.

Quero ser e viver
Nesse mar do teu olhar.

Maria Antonieta Oliveira
17-10-2016

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Presa Em Ti










Presa no silêncio obscuro
Dos teus lábios nos meus
Sinto-me solta de vontades
Inebriada de sonhos e paixões
Volátil de sentidas emoções

E,
Em teu corpo me perco e me encontro
Em nossa cama de alvos calores
Brincamos de longos amores
Em que tu e eu unidos
Por laços inolvidáveis no tempo
Sonhamos e amamos e sonhamos
E nos perdemos na vida do dia que passa.

Presos nesse longo silêncio
Acordamos num feliz amanhecer
E somos um só, num só ser
Para um todo sempre sem saber
Quando nosso fim virá nos acordar
Desses doces e puros momentos de magia
Em que estarrecidos vivemos nosso dia.

E,
Em teu corpo me perco e me encontro.

Maria Antonieta Oliveira
12-10-2016







segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Quanto Amor






Ouvi tua voz ofegante
E desejei ser tua amante
Desejei sentir o calor do teu abraço
Quente e forte, meigo e terno
Como senti no outro dia
Quando bebi contigo um café
Lembras-te amor?

Quanta doçura num simples olhar
Quanto amor ainda temos para dar.

Maria Antonieta Oliveira
10-10-2016