Sentada na cama
De costas libertas
Sorvo o som dos canaviais
Embalados no vento
Que desliza nas águas revoltas
De um rio imaginário
Onde te banhas
E soltas os males da alma
Na imensidão dessas águas turvas
De tanta maldade e sujeira
Que a vida te trouxe
Acordas do embalo do sonho
Ficando liberta das trevas
Continuas
Sentada na cama.
Maria Antonieta Oliveira
24-09-2022