(Imagem do Google)
Num velho baú empoeirado
pelo pó da vida
Encontrei velhas cartas de amor
Atadas com o laço do tempo.
Religiosamente guardadas e compactadas
para que as palavras não se perdessem,
não saíssem nem voassem
levadas no vento.
Continham segredos bem guardados
arquivados na memória do passado.
Amarelecidas, manchadas, abandonadas
ali se mantinham,
na quietude de um lugar sombrio
frio, sem vida e sem alma
Perdidas, esquecidas
continuavam aferrolhadas
naquele velho baú empoeirado.
Cartas de tempos idos
De amores vividos
De risos e lágrimas
De alegrias e mágoas.
Cartas de um tempo sem volta
Arquivadas, ordenadas
No velho baú empoeirado
Do sótão esquecido da casa.
Maria Antonieta Oliveira
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