quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Uma Noite de Natal




Vi estrelinhas a brilhar
na clareira do jardim
ouvi sinos a tocar
ouvi chamarem por mim.

O céu negro
de uma noite triste de inverno,
de onde caiam
farripas de algodão,
era o tecto de abrigo
de muitas bocam sem pão.

Noutro local,
o sol resplandecia
os jardins floriam
e as casas recheadas
de peru e rabanadas.

O sono dormido
numa cama de penas
ansiava o dia
pelos presentes da família
da paz e alegria
de mais um outro Natal.

Respondi ao chamamento
levantei-me e num repente
peguei em tudo que vi
bolo-rei, filhoses, frutos secos
pãezinhos com fiambre
até o peru
que esperava ser trinchado
num almoço avantajado,
no momento foi levado.

E tudo transportei
muito bem acondicionado
num cestinho acolchoado
com pétalas de amizade.

Corri ruas e ruelas
em todo o lado fui dando
um pouco do que levava
Também por lá fui deixando
os cobertores quentinhos
que às costas transportava.

Aqueci os corações
Vi sorrisos aos milhões
E quão feliz me senti!

De repente
as doze badaladas ouvi
corri, corri, corri
e mesmo no ultimo instante
entrei em casa ofegante
mas com um sorriso na alma
meu dever tinha cumprido
a todos tinha aquecido
e ninguém ficara esquecido
nessa noite de Natal!


Maria Antonieta Oliveira

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