O sonho é livre... é deixar voar o pensamento... é acreditar no inacreditável... é atingir o inatingível... Amar... Sofrer... Beijar... Doer...
sábado, 15 de março de 2014
Uma Tarde na Cidade
Vi os teus olhos, Querida
Nos bancos de pedra de outrora
Onde sentadas esperávamos
Do Barreiro o barco a vapor
E eu, apanhava joaninhas
Guardadas em caixas de fósforos.
Vi-me pequena na janela da escada
Na outra da sala com flores
E na outra também
Onde as noivas passavam para o altar
E o santo, as esperava para abençoar.
Vi-me na água benta da pia
Onde um dia fui baptizada
Na igreja recuada da Madalena.
Recordei com saudade
Os pregões desta cidade
Das varinas com a canastra
Da panela dos caracóis
Da água fresca de Caneças
Da boa castanha assada
Que saudade!
Vi-te meu pai, na calçada da avenida
Das tuas mãos hábeis saída
E a ginjinha que bebias a meias com a mãe
Quando no largo passávamos
E a igreja destruída pelo fogo
Vi-te ao longe
Castelo imponente de S. Jorge
Dos guerreiros de outros tempos
Passeei pelas ruas da cidade
Aquela que me viu menina
E hoje, me vê mulher
Maria Antonieta Oliveira
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