O sonho é livre... é deixar voar o pensamento... é acreditar no inacreditável... é atingir o inatingível... Amar... Sofrer... Beijar... Doer...
sábado, 16 de setembro de 2017
Talvez
Rua estreita
Casas de branco caiadas
O dia adormecido
E a criança chorava
Talvez pressentisse o destino
Talvez não quisesse sair
Do aconchego do ventre de sua mãe.
Rua estreita
Casas de branco caiadas
Os dias foram curtos
E a criança se mudava
Talvez para uma vida melhor
Talvez para ser mulher
E sair do aconchego das saias da mãe.
Ruas largas
Casas de cores pintadas
Os anos passaram
E a criança-mulher viveu
Talvez tenha sido feliz
Talvez se tenha realizado
Saindo do aconchego do seu Alentejo.
Talvez!
Sim, talvez!
Ou talvez não!
Maria Antonieta Oliveira
16-09-2017
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