terça-feira, 14 de julho de 2020

Tenho o Alentejo no Sangue




Corre-me nas veias o cheiro do pão quente
Das ruas falantes de vizinhas ao poial
Da água saída das bicas em enfusas de barro
E das carroças passantes
Deixando para trás o cheiro a fezes
Dos machos e cavalos que as puxavam
Corre-me no sangue o cante dolente
E saudoso dos homens do campo
Camponeses ou pastores
Guardadores de rebanhos e humanos
Corre-me nas veias o odor da cal branca
Riscada, listada de azul ou amarelo.

Corre-me nas veias, no sangue
O odor, o calor, do meu Alentejo.

Maria Antonieta Oliveira
14-07-2020



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