Num
pequeno embrulho
De
papel pardo
Guardei
os rascunhos da vida
Com
cordel de sisal
Fiz
um laço farfalhudo
Com
as pontas bem enroladas
Para
que nada saísse
Para
que nada se perdesse
Na
prateleira forrada de jornal
Depositei
meu embrulho
Deixei
aí a minha saudade
O
meu passado por viver
Os
meus sonhos por realizar.
Depois,
o tempo passou
O
embrulho de papel pardo
Com
a humidade, se estragou
Nunca
saiu da prateleira
Forrada
com papel de jornal
Os
rascunhos e a vida
Ficaram
definitivamente esquecidos
Outro
embrulho voltarei a fazer.
Maria
Antonieta Oliveira
10-11-2020
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