Saí
da gruta
O
frio apertava enregelando o meu corpo desnudo
O
vento soprava forte, ensurdecendo o espaço
Ao
redor, apenas destroços de vidas passadas
Areias
movediças batidas pela maré
Oscilações
renovadas pelas madrugadas
Soltei
o grito da liberdade
O
eco repetiu o meu grito desesperado
Um
grito há demasiado tempo retido.
Acordei
assustada
O
grito ecoara na minha vida privada
A
liberdade não passou de um sonho
A
gruta jamais existiu
Desnuda
e com frio, espero-te
Quero
sentir o calor do teu corpo antes de partir
Beijar-te
a amar-te sofregamente
Até
o sol se pôr no horizonte.
Maria
Antonieta Oliveira
15-02-2021
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