quinta-feira, 21 de abril de 2011

Atirei uma pedra


(Imagem google)


Atirei uma pedra
no charco lamacento,
no fundo ficou.
Com ela transportou
tudo o que era lixo
e no lixo ficou.

Pus-me a Escutar

(Imagem Google)


Pus-me a escutar
escutei-te a ti
falavas, falavas,
falavas de mim.

Dizias que me amavas
que eras feliz
que teu coração saltava
que te sentias um petiz.

Tentei acreditar
no que estava a ouvir,
mas pus-me a pensar,
como ele sabe mentir!

A tua conversa
para me iludir
era só uma treta
p’ra me ver sorrir.

Amar nunca amaste
apenas fingiste
depois te fartaste
e logo partiste.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Como te Amo

(Imagem google)




Ah!
Como eu gostava de te amar.
Mas não te amo!
Ah!
Como eu gostava de te beijar.


Mas não te beijo!
Ah!
Como eu gostava de te sentir.
Mas não te sinto!
Ah!
Como eu gostava de te possuir.
Mas não te possuo!
Ah!
Como eu gostava de te desprezar.
Mas não te desprezo!

Amo-te, sim!
Quero-te
beijar,
sentir e
possuir.

Ah!
Como eu te amo!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Gruta

(Imagem google)



Quero estar contigo
num lugar oculto,
no desconhecido…
quiçá numa gruta,
encontrar-te despido.
Hum!
Teu corpo,
no meu encontrado.
Ter-te a meu lado,
no desconhecido…
Quero estar contigo.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Quero-te Meu

(Imagem google)



Queria entrelaçar nossos dedos
e chamar-te meu.
Queria sentir os teus beijos
e dizer és meu.
Queria o doce afago dos teus olhos
e ter-te meu.
Queria saborear a tua boca
e saber-te meu.
Queria o teu corpo desnudo
e seres meu.
Queria-te num todo.
Todo e só meu.

Olhei o céu

(Imagem google)




Hoje,
não comi, nem bebi
jejuei!
Olhei o céu
e rezei!
Subi o monte
e sentei!
Esvaí o pensamento
meditei!
Horas a fio, mas,
não cansei!
Sentada na terra
descansei!
Aliviei minha alma
purifiquei!

Olhei o céu
e rezei!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Talêga

(Imagem google)



Numa talêga
aconchegada ao meu peito,
retenho as saudades
dos que passaram no tempo.
Cada retalho,
um amor.
Cada ponto cruzado
um degrau escalado.
Cada risca, flor ou quadrado,
um sentir de viver cansado.
O baraço.
um laço no entrelaçar da vida,
um atilho apertado
nos nós do caminho
percorrido no tempo.

Numa talêga
encontro a vida!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Menina Sereia



Neste belo e azul mar
envolto em calmaria,
três pequenas sereias
brincam à luz do dia.

Estrelas, buzios, lagostins
sereias singelas e puras,
espraiando-se na areia
brincando sem diabruras.

O céu lá longe, além
onde cruza o horizonte
espreita as lindas sereias
bebendo da sua fonte.

E as ondas no seu vai vem
leva-as e trá-las à praia.
Na nossa retina permanece
a beleza da sereia catraia.

(Imagem e poema inseridos na Antologia da Imagem
do Grupo Encontro de poetas e amigos)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A Nossa Atracção

(Imagem google)




Qual Princípio de Arquimedes

Teu corpo mergulhado no meu
sofre uma impulsão vertical de baixo para cima
igual ao calor do amor
por nós partilhado.

A física e a química
que nos atrai,
Os pólos positivo e negativo
que somos.
Interligados, ou não…
Tocando-se,
faiscando,
explodindo de paixão…
Átomos de emoção.

A Matemática do Presente

(Imagem google)



Mais por mais, dá mais.
Mais por menos, dá mais.
Menos por menos, dá mais.
Menos por mais, dará mais?

Não! Não pode!
Estou errada!
Tantos mais.
Nada de menos.
Tanta baralhação
nesta mente atraiçoada.
Muitos mais, sim!
Mas muitos menos,
cada vez mais.
Os que já eram mais,
são muitos mais.
Os outros, os menos
estão abaixo de menos.
E neste desnível
entre mais e menos
vivemos,
debatemos,
sofremos,
e assim morremos.

sábado, 2 de abril de 2011

Quem és Tu, Amor ?

(Imagem google)



Amo-te
sem sequer saber quem és.
Mas amo-te!

O que seria de mim,
sem ti.

Sem esse olhar semicerrado
que mexe comigo,
que aquece meu ser
no calor do teu,
nesse entrelaçar de corpos
sob lençóis resgatados ao amor.

Sem o calor dos teus beijos
na saliva quente dos meus.
Doces, suaves e meigos
Delírios nos resquícios do céu.

Ah!
O que seria de mim,
sem ti.

Amo-te!
Amo-te,
sem sequer saber quem és.