domingo, 30 de abril de 2017

Amor Consumado






Acaricio o teu corpo quente
Com a ingenuidade de uma criança
Teu corpo desnudo oferece-me desejos
Que toco a cada dedo que desliza suave
Nas margens do teu ser infinito

O lençol enrola-se na passagem de nós
O cheiro do amor, trespassa
O odor perfumado da cama alva
Extasiados de prazer adormecemos
Num abraço profundo onde calamos
O amor consumado num sonho desejado.

Maria Antonieta Oliveira
30-04-2017


sábado, 29 de abril de 2017

Amor Sem Tempo









Sou feliz apenas porque te sonho
E sonho-te a cada minuto que passa
Eu, tu, nós caminhando na mesma estrada
Erguendo ao céu a taça da felicidade
E brindando a este eterno amor.
Amor que só nós sentimos e sabemos
Só nosso, muito e sempre só nosso
Eu, tu, nós no pico da montanha
Inebriados pelo tempo que nos dá
Este tempo de viver o nosso amor.

Amor sem tempo
Amor com tempo
Amor que o tempo levou
Amor que o tempo trouxe
Eu, tu, nós e este nosso amor sem tempo!

Maria Antonieta Oliveira
29-04-2017



quarta-feira, 26 de abril de 2017

Rolam Sorrisos








Por entre os meus dedos rolam sorrisos
Nas pétalas roxas de uma roseira parida
Na vida da vida que passa e passou.

No ventre da terra putrefacta de vermes imundos
Saem os espinhos por onde caminham os meus dias
Rasgada de sangue escorrido pela pele renegada
Ao sol resgatado de um mundo infestado
Saem de mim soltos e rasgados, gritos de sofrimento
Lágrimas de sangue, soltam-se de um coração sofrido.

Por entre os meus dedos rolam sorrisos
De mentiras inevitáveis dos poetas.

Maria Antonieta Oliveira
26-04-2017




Ser Feliz






Mutilo-me
Revolto-me
Ataco-me

Quem sou e o que quero da vida?!
Pergunto-me e não encontro a resposta.

Sim, encontro e sei a resposta
Quero sentir que a vida me ama
Tal como eu amo a vida
Quero viver esse amor
E que esse amor viva em mim.
Quero ser
Quero viver
Quero amar
Quero sorrir
Quero sonhar

Quero tornar realidade todos os sonhos que sonhei
E finalmente ser eu e ser feliz.

Maria Antonieta Oliveira
26-04-2017




Não Sei













Não sei onde nos perdemos
Em que esquina ficou o tempo
Se é que houve tempo entre nós
Não sei porque tropeço na vida
A cada passo que dou
Ou será que é a vida que me prega rasteiras
Para que nelas tropece?!
Não sei quando me perdi de mim
Se é que algum dia me encontrei
Ou sequer se cheguei a existir.

Não sei se sou, ou se não sou
Não sei se fui, ou se não fui
Não sei nada de mim
Apenas sei que estou aqui
Vivo, sofro, sorriu e choro.

Maria Antonieta Oliveira
26-04-2017











































sábado, 22 de abril de 2017

Vida Gasta





A areia que me leva nas ondas altaneiras da colina do sol
ao encontro de mim,
Queima-me os pés doridos e cansados da vida já gasta.

Maria Antonieta Oliveira
22-04-2017

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Bloqueei







Não sei o que fazer de mim.
Tenho medo de não conseguir ficar no fim
Tenho medo de ficar pelo caminho
Aqui neste mundo sem destino
Já não sei o que fazer à minha vida
Não consigo fazer face ao dia a dia
Quero morrer!
Ninguém me compreende
Como de costume, sou má e com mau feitio
Falta-me um ombro que me saiba ouvir sem criticar
Ou, que apenas me ouça sem falar
Sei que te tenho para desabafar
Mas também sei, que já terás os teus problemas
E não devo ser eu a tua preocupação
Estas linhas que escrevo são os meus desabafos
Nelas conto os meus segredos, ou talvez não
Ninguém, sim ninguém sabe tudo de mim
Nem eu própria sei se sei
Sei apenas que quero começar de novo
Ou morrer para sempre
Não posso voltar atrás e impor as minhas vontades
Gritar a todos as minhas verdades
Alcançar os meus objectivos e realizar todos os meus sonhos
Ser eu por inteiro em todos os momentos

Maria Antonieta Bastos Alentado Oliveira
13-04-2017

Saudades da Minha Terra







Saudades da minha terra
Do canto onde nasci
E não vivi.

Saudades do cheiro do pão quente
Da lenha a crepitar
Na lareira de fogo no chão
Da estrumeira ao fundo do quintal
Das pedras já gastas nas ruas
Dos caminhos por onde não passei.
Dos campos de girassóis
E das papoilas vermelhas.
Das searas e das ceifeiras
Dos pastores e seus rebanhos.
Das noites quentes de verão
E das vizinhas falando ao serão.

Dos dias em que não vivi
No canto onde nasci.
Saudades da minha terra!

Maria Antonieta Oliveira
13-04-2017

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Imensa Saudade





Seriam noventa e dois, os anos que farias
São sessenta e oito, os anos em que sou tua filha
São quinze, os anos em que já partiste
Quinze anos de imensa saudade.

Seriam noventa e dois anos nesta terra
São quinze anos na terra do além!
Quinze anos de saudades tuas!

Maria Antonieta Oliveira
13-04-2017

domingo, 9 de abril de 2017

Se Eu Pudesse Mudava





Os ses e os ques que a vida nos dá
São matreiros traiçoeiros e maldosos
Destroem os caminhos a percorrer
Atrapalham os sonhos que queremos viver
Mas vivemos outros sonhos e outros caminhos
Com outros ses e outros ques vadios
Com sorrisos e lágrimas continuámos
Entre silvados e orlas já pisados
Calcorreámos destinos já vividos
Destroçados e traídos no tempo

Se eu pudesse mudar o mundo
Acabaria com os ses e os ques da vida.

Maria Antonieta Oliveira
09-04-2017

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Amor Eterno










Nas cores da primavera me envolvo
E vivo em plenitude
Visto-me de cheiros inebriantes
E banho-me em pétalas de rosas
Perfumada e nua me enrosco
Em lençóis de algodão
Me entrego e vivo e amo
E sinto-te em mim.

Vestida assim
Despida de mim
Sou eu novamente
Neste banho de paz perfumada
Apenas comigo e contigo
Nosso amor viverá eternamente.
E eu feliz
Sorrio às cores da primavera.

Maria Antonieta Oliveira
07-04-2017


terça-feira, 4 de abril de 2017

Sou Tua





Sou tua
Quando a manhã clarear
E a água cristalina das rochas brotar
Sou tua
Nesse charco onde as ninfas se banharam
E nas margens as rãs coaxaram
Sou tua
Quando as roseiras florirem
E as papoilas desabrocharem
Sou tua
Quando das nuvens brotarem flocos de algodão
E as estrelas pousarem em meu coração
Sou tua

Sou tua, amor
Em tudo e sempre
Sou tua!


Maria Antonieta Oliveira
02-04-2017