terça-feira, 29 de novembro de 2011

O Teu Sabor


(Imagem google)








Sabe-me a boca a ti
Sinto o teu sabor doce e quente
entre os meus lábios.
Bebi o teu corpo
na sofreguidão do meu
Saboreei tua pele
na língua incontida de prazer
Deletei-me nos teus braços
e adormeci.
Adormeci já cansada
de tanto te amar
de tanto amor te dar
Amei-te!
Amámo-nos!
Amamo-nos!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

No Deserto


(Imagem google)


No deserto árido e quente
me perdi de ti.
Em cada grão de areia
procurei teu rosto
Em cada pegada
procurei teus passos
No sol
quis ver teu olhar
quis ver tua boca
e teus lábios beijar.
Caminhei sem destino
perdida e sem caminho.
Já noite
chegou o luar
e eu já cansada
de tanto te procurar.
Larguei os sapatos
Despi-me de mim
Repousei o meu corpo
Carente de ti
No deserto frio
tapei o meu rosto
Nem água tinha
para lavar o desgosto.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Coração Frio



Brancura alva
Como a alvura da serra
Assim é
esta sala onde permaneço
Nem a tua foto me aquece
Nem o teu olhar penetrante
me faz companhia.
Penso-te!
Continuo só
fria e gélida
Meu coração endurecido
pela solidão da vida que vivo.
Relanço o olhar
pelas paredes nuas
despidas de pedaços de nós
perdidos nos tempos d’outrora
Em que nossos corações ardiam
de paixão, de amor, de carinho
Em que não estava só
Mas continuo só!
Nesta brancura alva
Fria e gélida
Como a alvura da serra.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Vagueio


(Imagem google)








Vagueio sozinha
na vereda da noite
Nem a lua me ilumina
Nem uma estrela brilha
Somente o uivo distante
me acompanha.
Sigo esse uivo constante
e encontro-me só
Nem querela de amigo
Nem tu estás comigo.
Vagueio sozinha
Vagueio pelo trilho
da vida que não talhei.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Nossos Corpos


(Imagem google)


Côncavos ou convexos
Nossos olhares
buscam o círculo
onde nossos corpos desnudos
se deleitam

Côncavos ou convexos
Nossos corpos
se entrelaçam
se acariciam
deslizando no círculo
onde lençóis de seda alva
se enrolam

Côncavos ou convexos
Nossos corpos
se amam!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Uma Lágrima Tua


(Imagem Google)







Condensei uma lágrima tua
no deslizar da minha face fria
Adociquei teus olhos
com um beijo meu
Aquele que te dei
no dia em que te encontrei
Trazido no desejo
daquele outro beijo
que também foi teu.
Tua lágrima gelou
Minha face branqueou
Ficámos
Perdidos no tempo.

domingo, 6 de novembro de 2011

Sorris


(Imagem google)



Olho
teu olhar perdido
como quem precisa de abrigo
Vejo-te
a correr em liberdade
como quem busca a felicidade
Essa felicidade perdida
logo no princípio da vida
Ainda eras botãozinho
cortaram-te o caminho
ficando sempre menino.
Sorris-me
teu sorriso desajeitado
de menino despreocupado
Sorrio-te
Na alegria de te ver
sempre sempre a correr
na ânsia de me abraçar
E nesse abraço carinhoso
nesse teu beijo meloso
o desejo de ficar
O teu olhar perdido
encontra em mim um abrigo
E nesse instante eu lembro
aquele outro momento
em que ao ver o teu sorriso
nele vi este poema.

Vamos Brincar






Vamos brincar Margarida
Dizes tu alegremente
É assim a tua vida
Sempre feliz e contente.

Saltas, pulas, gritas, cais
Pareces ave voando
Sem gemidos e sem ais
Vais tua vida levando.

Em teu olhar há alegria
Em teu sorriso um poema
Vais vivendo o dai a dia
Sem que haja problema.

Margarida vem brincar
Chama de novo Leonor
E naquele doce olhar
Há paz e muito amor.

sábado, 5 de novembro de 2011

Homem - Menino



O sol brilhava
num Maio já distante
A primavera floria
Tudo resplandecia
E tu, nasceste.

Teu olhar bonito
Teu sorriso feliz
À tua volta alegria
Era mais um petiz.

Teus pezinhos de lã
pisavam o mundo
E nada previa
quão traiçoeiro
o futuro seria.

Ainda pequenino
um médico falhou
E tua mente de menino
em menino ficou.

Cresceste, viveste
sempre acarinhado
Hoje já velhinho
cumpriste teu fado.

Olho-te
e em teu olhar eu vejo
um menino alegre
e em tua face
em teu sorriso
um poema.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Teus Olhos Verdes


(Imagem google)


Verdes teus olhos
De lábios rubros
Doces teus beijos
De lágrimas quentes
Gemidos gritos vividos
Carinhos ternuras amor
Olhar parado
Sorriso triste
Coração cansado
Já nada existe.