sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Duvida








A dúvida entrou de mansinho
Descalça … sem pés…
Instalou-se
Sentou-se
Fez do coração sua morada
Reteve o sentir da alegria
Da confiança, do ser
Na morada roubada tudo retirou
O coração esvaziou
Em nada ficou!
A dúvida permaneceu
Continuava a batalha do ser
De ganhar ou perder
Almejou sair
Mas como sair se a dúvida existia
nada a demovia,
nem a certeza de que já nada havia!

(Este estava esquecido, foi escrito a 12-12-2010)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Lembras-te?





Lembras-te
Do montinho de areia
onde nós brincávamos?
Dos caminhos e ladeiras
que formávamos?
Das casinhas pequeninas
formando bairros?
Lembras-te?
Éramos ainda meninas
de vestidos com folhos
e laçarotes no cabelo.
Foste a minha única amiga de brincadeiras
Sim,
foste a única e a primeira
uma amiga verdadeira.
Sangue do meu sangue
E os nossos castelos de ilusões
E o princípio das nossas paixões
Tudo nós partilhámos.
Depois
As viagens que fizemos
O Portugal que conhecemos
Tudo o que trilhámos.
E agora
Agora resta a lembrança desses momentos
Agora
Restam em mim sentimentos
Recordações
Saudade.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Sabe-me a Boca a Tabaco


(Imagem google)





Sabe-me a boca a tabaco
Mas se não cometi tal acto
Porque me sabe a boca a tabaco?!
Nem beijei tua boca
Nem saboreei o teu corpo
Será que estou louca?!
Tu nem sequer fumas
Teu cheiro não é a tabaco
Teu cheiro é amor verdadeiro
Que penetra em meu olfacto
E me inebria o sentir.
Mas sabe-me a boca a tabaco
E se não cometi tal acto
Porque me sabe a boca a tabaco?!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Imagem


(Imagem google)



Cabelos desgrenhados soltos ao vento
Olhos luz esverdeados
Estrelas, sóis
Na cama lua deitados
Madeixas caídas na face rosada
Barba de dias em desalinho
Boca saliente de beijos doados
Poesia chispa no olhar
Palavras, gritos na boca fechada
Coração quente, ardente em chama
Sangue fervente de quem ama
Brota, borbulha se perde
Na página em branco do poema por escrever.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Eco de Ti



(Imagem google)






ECO DE TI



Ecoava em mim
a tua voz meiga
Bem dentro, no fundo
sentia o teu corpo
Nossos corações
batiam em uníssono
Nossos olhares
trocavam desejos
Nossas bocas
saboreavam beijos
Teus dedos
Tuas mãos
percorriam cada milímetro
do meu corpo
Nossos dedos
Nossas mãos
se entrelaçavam
no doce afago de sermos
Nossas bocas
trocavam sabores
em beijos molhados
Carinhos
Ternuras
Meiguice
Amor
Saudade.

Dançando ao Vento



(Imagem google)




Corpos entrelaçados
Dançando ao vento
Qual andorinha
Rodopiando ao sol
Sol
Que aquece
Corações gélidos de amor
Onde não habita a luz
E as trevas se instalaram
Corações angustiados
Sofridos e magoados.
Sol
Que empresta sua luz
Que tudo faz brilhar
Que reflecte seus raios
No verde azul do mar
Que envolve enamorados
Sol
Em corpos entrelaçados
Dançando ao vento.

Amor se eu Pudesse



(Imagem google)





Ah
Amor se eu pudesse
Dormir contigo esta noite
Talvez a vida me desse
Na vida, amor, outro açoite.
Ah
Se eu pudesse amor
Ter-te sempre comigo
Transformaria minha dor
Teria em ti um abrigo.
Ah
Amor como eu queria
Nascer de novo outra vez
Em ti e contigo faria
Um ninho, um palácio, talvez.
Ah
Como eu queria amor
Tornar o sonho realidade
E viver a vida com fervor
Sorrindo à vida com felicidade.

Ah
Amor se eu pudesse!

Sou Drogada



(Imagem google)





Sou dependente
Drogada
Sinto-me angustiada
por esta droga de vida

Dependente
De um outro viver
De umas palavras escritas
na angustia de ser.
Dependente
De um sonho real
que não passa de sonho
apenas sonho, afinal.

Drogada
Com o teu sabor
Com o simples inalar de ti
Com o perfume dos teus cabelos
Com o teu corpo, amor.

Dependente
do sonho
Drogada
de ti

Sinto-me angustiada
por esta droga de vida.

Trago de Vida



(Imagem google)





Bebo a vida de um trago
na ânsia de te encontrar.
Goteja meu sangue fervente
Escorregando por teu corpo nu
Deixando nele um lençol viscoso
Onde me enrolo
e te enrolas.
Deixo fluir o coração
No tempo que corre veloz
No amor da vida que passa
Olho o pêndulo
A ampulheta
O relógio de cuco
E
Fico-me …
Bebi a vida de um trago.

A Uma Amiga



(Imagem do google)

PALMIRA RONDA





Beijei tua lágrima sofrida
Salgada e doce
Deslizando suave
na tua face fria
Queria secar tua mágoa
com o meu afago e carinho
Queria dar-te alento
e tudo o que precisasses
naquele momento.
Queria ter o poder
de aliviar tua dor
Ver um sorriso feliz
em tua face rosada.

Nesse beijo amigo
quis dar-te vida.