sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Quimeras Perdidas

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Povoaste meus sonhos e quimeras,
talvez vivências d’outras eras…
Éramos um só ser…
Tínhamos um só viver…
Unidos sempre.
Caminhámos juntos,
passámos de mão dada
no tempo…
Tempo que passou
e só recordações deixou…
Para trás ficaram
esses sonhos e quimeras,
as vivências d’outras eras…
E nós,
perdidos no tempo!...

Desnuda de ti

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Desnuda de ti, estou!
Partiste sem nada dizer.
Deixaste-me as lembranças
do sentir…
dos beijos e abraços
dados, suados, molhados…
Delícias de momentos vividos…
Meu coração partiu…
Meu ser destruiu…
Minha alma caiu…
Sinto-me nua,
neste viver
de vida crua…
Partiste sem nada dizer…
Esqueceste o nosso viver…

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Coça da Vida




COÇA DA VIDA


Teu casaco coçado
atirado p'la janela,
caído no chão molhado,
tristemente por ti desprezado.
Quantas vezes aqueceu teu corpo,
no desespero do frio da alma.
Coçado pelo tempo
No tempo que corre
Do tempo da vida.
Raiva sentida,
derramada nesse casaco coçado.
Triste seu fado
Triste teu estado
Na resignação da revolta,
lembrança da coça levada,
correste na ânsia
de ainda encontrares
o casaco coçado,
e nele agasalhares
teu corpo gelado,
da coça da vida!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Olha-me





O brilho dos teus olhos
labaredas crepitam
no fogo do amor,
lareira ardente,
da lenha a dor...
Olha-me!
Com esses olhos quentes
aquece o meu coração,
gélido de calor.
Agasalha meus sonhos,
na lareira que feneceu.
Não me deixes ficar
em hipotermia permanente...
Com o brilho do teu olhar,
aquece meu ser carente.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Noite de Paz

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Na integridade do ser
me vou desintegrando,
No sentir da mente,
tudo vai fluir
levado p'lo vento
nas ondas do mar revolto.
Na escuridão da noite,
me vou sentindo.
Quero a luz.
A luz do dia que fugiu
quando tu de mim, foste partindo.
Quero dormir sem dor
Esquecer tudo
Parar o pensamento e o tempo
Adormecer tranquila
Na calmaria da noite de paz.

domingo, 7 de novembro de 2010

Querer

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Ouço-te no cantar da primavera
no chilrear de uma ave.
Vejo-te no entardecer oculto
da nuvem que passa.
Sinto-te na cacimba matinal
da frieza da noite.
Quero-te no sol resplandecente
do amanhecer estival.
Neste
ouvir, ver, sentir e querer
Quero-te para além do amanhã.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Triste Flor

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Triste flor
nascida num pobre jardim,
sem flores,
sem amores,
Com terra estrumada
com o estrume da vida,
na estrumadeira derramada.
Triste flor
nascida para além Tejo,
sem água,
com mágoa,
com enfusas à cabeça,
sempre levadas na pressa,
na pressa da vida que passa.
Triste flor
gerada com amor,
na tristeza e na dor,
com sofrimento, mas amada,
no amor da vida criada,
para a vida da vida postada.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Afasta-te....

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Sai de mim,
afasta-te para bem longe,
do caminho que percorro.
Deixa fluir meu pensamento...
Permite-me voar nas asas do vento...
Deixa minhas pernas livres,
p'ra caminharem no sonho da lua...
Que o brilho do meu olhar,
permaneça no brilho das estrelas,
na penumbra do luar...
Que a minha mão direita,
jamais deixe de escrever,
para nela depositar,
o meu triste padecer...
Vai-te embora!
Quero minha mente liberta.
Quero minha escrita certa.
Não quero mais o desespero,
De viver e sentir o que não quero.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

No Ser

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No sentimento perdido...
No abraço esquecido...
No beijo não dado...
No olhar perdido...
No corpo querido...
No ser desejado...
Na ideia confusa...
No coração sentido...
No amor traído...
Na mente, difusa..
No ser destruido...
No amor partido...
No fim da vida.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Jardim Celestial

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Desenhei no céu um jardim.
Quantas florinhas brilhantes
Sorriam para mim.
Salpiquei-as com pingos de orvalho.
Pincelei um C de coração
Que ficou perdido num atalho,
Onde risquei uma constelação.
Uma clareira de alegria
Com mais flores e mais,
Sem cor, mas com magia...
Sorriam para mim.
Desenhei no céu um jardim!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Amámo-nos

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Possuiste meu corpo,
Qual lobo esfaimado...
Faminta de ti,
Doei-me, ofertei-te
todo o meu ser.
E nessa envolvência,
sentimos prazer.
Nosso corpo cansado,
suado,
descansou no relaxar
do amor consumado.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Nua

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Sobre a gélida pedra
Adormecida ao relento
Pousaste nua
Despiste a capa do tempo
Caminhaste ébria
Banhada p'la lua
Gelaste teu sentir
Deixaste de ser
Tua alma nua
Deixaste perecer
Deixou de sorrir
Sombria na lua.

domingo, 26 de setembro de 2010

Encontro para a vida

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Foi num tempo já passado
Que nos sentámos lado a lado
E embevecidos ficámos
Um doce beijo trocámos
Num olhar terno e profundo
Esquecemo-nos do mundo
Jurámos amor eterno
Saindo assim do inferno
De viver na solidão
Entrelaçámos a mão
E num ápice percebemos
Que tudo o que queremos
Será por Deus abençoado
E nesse sonho desejado
Nos tornámos um só ser
Até que Deus quizer.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um Dia

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Quando eu partir,
nada levo do mundo.
tambem nada deixo.
parto num barco sem fundo,
naufragará no pretexto,
de não me deixar emergir.
Nada fiz de valor...
Não!
Tudo fiz com amor!
Quando eu partir,
levarei saudade?!
Deixo amor, carinho, ternura,
deixo flores, caminhos, loucura...
Deixo amizade,
e um longo caminho por seguir...
Deixo sonhos!
Levo saudade!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Imaginário

(Imagem google)



No recôndito do imaginário

o poeta escreve,

solta palavras,

liberta emoções,

sonhos e pensamentos,

impossiveis, possiveis,

desejos, lamentos...

De palavra em palavra

verseja.

Versos soltos

de palavras contidas

no recôndito do imaginário.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Vi-te

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Vi-te

Entre o verde
vi o teu olhar,
Tua voz forte
ouvi soar,
Querias entrar
para meu corpo
abraçar,
minha boca
beijar.
Sim, eras tu!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Solidão

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Estás aqui,
não te vejo...
Tocas-me,
não te sinto...
Na minha redoma permaneço.
No silêncio do ser
e do sentir
No desassossego da alma,
nada vejo...
Quero reflectir.
Nesta minha solidão,
em ti
É a solidão que vive em mim.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Teia

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Sinto um emaranhado
enleio
Uma teia que insiste
viver em mim
persegue-me...
afugento-a sem êxito
meto-me debaixo do chuveiro,
a água escorre,
tento um jacto mais forte
mas nada...
nada resulta...
Esse enleio
dessa teia emaranhada
sobrevive, vive
sem me deixar viver!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Tenho Fome !

Tenho fome!
Tenho fome de ti
fome dos teus beijos,
fome do teu olhar
carente de me amar,
fome dos nossos desejos
dos nossos sonoros solfejos,
fome de ti, amor
da tua ausência, pavor
fome de abraçar teu corpo
e nele adormecer e sonhar!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Partir



Quantas vezes pensei partir.
Mas fui ficando...
Meu partir, faria sofrer
aqueles que estou amando.
E partir porquÊ,
se tudo tenho?!
Talvez por ser fraca...
Ou serei demente?
Não!
Não partirei por querer.
Apenas e só,
quando Deus quiser.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Penas

Com uma simples pena,
escrevo as minhas penas.
Penas que não saõ penas,
ou penas, talvez, apenas.
Com um simples olhar,
revejo todo um passado:
Miuda sem jeito, introvertida,
sisuda, frustada, magoada,
magricela, sem formas, sem brilho,
com tudo, sem tudo, sem nada.
Com uma simples pena,
escrevo as minhas penas.
Penas que não saõ penas,
ou penas, talvez, apenas.