segunda-feira, 30 de julho de 2012

No Cimo do Monte



(Imagem google)







Espero por ti
Lá no cimo do monte

Calcorreei por caminhos trilhados
Ultrapassei
Todos os obstáculos
O sol e a lua
foram meus guias.

Pedras soltas
Ramos partidos, perdidos
Caminhos esquecidos
Saltei barreiras
Abri fronteiras
Trepei
A tudo o que encontrei
Procurei o caminho
ao encontro do destino

Vi o céu a florir
A noite a cair

Já no cimo
Olhei em redor
Já cansada
Encontrei-me deitada
E,
Esperei por ti, amor.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Sê egoista






Quem te disse?

Sim,
quem te disse
que amor e meiguice
eram felicidade?

Ah mulher!
Esqueceste a tua idade?!

Quem te disse
que com palavras conseguias
transformar todos os dias
duma vida já vivida?

Sim,
quem te disse?

Quem te disse
que com beijos e carinhos
mudavas todos os trilhos
nessa vida já calcados?

Sim
quem te disse?

Esquece mulher!
Sê egoísta
nem que seja só por um dia.
Deixa de ser altruísta
Procura a tua felicidade.

Tem juízo!
Já tens idade!

Deixei de Sorrir





Não me peças para sorrir
Já não o sei fazer.
Trocaste os meus sorrisos
por lágrimas escorrendo na face triste

Não me peças para sorrir
Quando os meus sentimentos
puros e sinceros
passaram a tormentos
ardidos na fogueira do amor.

Não me peças para sorrir
Quando tudo em mim mudou
Já fui o que já não sou
Já nem sequer sei,
quem hoje sou.


Não!
Não me peças para sorrir!

Deixei de saber
Deixei de sentir
Não quero mais viver!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Pecadores






Na penumbra do meu quarto
Revejo os nossos momentos
Nossos beijos e afagos
Nossos carinhos partilhados
Vejo, a erecção do desejo
A pupila semicerrada
A boca sendo beijada
O mamilo intumescido
A ânsia do desconhecido

Sinto a carícia do amor
percorrendo meu corpo desnudo
Sinto a tua língua
devorando os meus sabores.

Sinto-te
Sinto-me
Pegajosos
Pecaminosos!

Assim Nasce Um Poema






No sangue
entranha-se um poema
Percorre as veias do sentimento
Solta plaquetas de amor
partilhadas no coração sofredor
Pequenas moléculas elevam-se
no cérebro já esquecido
no tempo perdido
da vida que passou

Mas,
nesse sangue que corre
e percorre
o corpo já findo
As palavras já fracas
fluem
soltam-se
E,
nasce um poema!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Além







Além,
Espraiam-se palavras
Por entre a espuma das ondas
Que adormecem na areia
Batidas nas rochas
Perdidas nos mares

Além,
Tudo fica retido
Parado no tempo
Palavras não ditas
Caladas no pensamento

Além,
Se agiganta o mar
Se grita o tempo
Se perde o olhar

Além.
Espraiam-se palavras!...

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Analfabeta


(Imagem google)







Já esqueci as letras
com que escrevia amor
Até as de saudade, esqueci
Também não lembro
as dos beijos que me davas
quando dizias que me amavas
Nem sequer sei
como se escreve paixão
carinho, ternura, emoção
Já esqueci o alfabeto
aquele que te era directo
e me fazia feliz

Esqueci o teu nome, amor
Mas não me esqueci de ti.