terça-feira, 21 de outubro de 2025

Quando Eu Morrer

 

Quando eu morrer

Ouvirás chamar o teu nome

Virá do além, virá de mim

Do meu amor eterno

Sentirás as minhas lágrimas derramadas por ti

Por não poder estar contigo e aconselhar-te

orientar o teu caminhar

Pensarás que choras, mas não, não o farás

Serei apenas menos uma a chatear-te

Levar-te-ei no pensamento

Tal como estás sempre agora, aqui

Ouvirás o teu nome saído do meu coração já morto

Mas vivo em mim, sempre estarás.

Quando eu morrer

Não chores por mim

Eu já chorei  demais pelos dois.

 

Quando eu morrer

Ouvirás chamar o teu nome vindo do além.

 

Se a saudade matasse, eu já teria morrido!

 

Maria Antonieta Bastos Alentado Oliveira

20-10-2025























































 

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Em Tudo Há Poesia


 

 

Há tanto poema espalhada pelas ruas

Nas pedras que pisas

Nas flores que cheiras

E naquelas que nem olhas

Nos riachos entre as verduras

Nos muros nas portas e portões

Nas janelas entreabertas

Nas cortinas floridas esvoaçando

Nas velhas arvores carcomidas pelo tempo

Nos pingos de chuva caindo do céu

Nas estrelas na lua no sol

Na areia da praia

No sal nas salinas

Nas pontes nas estradas nos rios

Nos peixes nos mamíferos nas aves

Nas escolas nos livros nos estudantes

Nos hospitais nos doentes nos médicos e enfermeiros

Nos docentes sem atributos parentes

Que sabem mais que muita gente

Em tudo o que vegeta

Em tudo o que se move

Em tudo o que se vê

Em tudo o que é invisível

Há poesia

 

Em tudo há poesia!

 

Maria Antonieta Bastos Alentado Oliveira

16-10-2025