segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Espasmos de Outono




De novo só
no beiral da vida

Onde as gotas
se despem da folhagem de outono
e a beleza se perde
nos campos verdejantes

As andorinhas perdidas
entre vendavais da vida
fluem no ar agitado do tempo
pedindo guarida ao vento

Os pingos da chuva pesada
caem no solo endurecido
e, a calçada escorrega
na curva do caminho

As pétalas soltas ao luar
esvoaçam vencidas pela dor
e angustia saudosa da partida
da roseira ferida em flor

Pesam os ramos das árvores
no colo suave da noite
adormecida, vencida
pela tormenta da tempestade

Onde as gotas
se despem da folhagem de outono

E eu,
de novo só
no beiral da vida!

Maria Antonieta Oliveira
22-09-2014




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