terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Tabus





Despi-me de preconceitos, de tabus
De ideias pré-concebidas, de tudo
Despida de roupas mesquinhas
Que servem aos olhares malévolos

Mendigos de fome abastada, anunciada
Sôfregos de sentir pesados carinhos
Olhos sujos da poeira dos ventos
Corpos despidos na ânsia do desejo
Despidos pela magia do instante
Desprezados no chão já sujo
Como sujos os corpos desnudos dos amantes

Tabus?!
Preconceitos?!
Nudez!
Vida!

Despida de tudo
Numa nudez completa
Anseio o amanhã incerto
Na realidade do hoje passado
No ontem já perdido esquecido no tempo.

Tabus?!
Preconceitos?!
Nudez!
Vida!

Maria Antonieta Oliveira
01-12-2015



1 comentário:

  1. Porque se nasce para a vida, nua,
    E nua se pode renascer,
    Despida daquilo que a prende,
    Vestida, liberta, por corpo de outro ser:
    E sem tabus, nem preconceitos,
    Se preenchem logo ao amanhecer,
    Enrolados em lençóis de rosas,
    Dia intenso de intenso prazer.

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