sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Não é Natal





Olhei o chão em sombreado
Nele havia um vazio assinalado
Um rosto tristonho, escorrido
De lágrimas soltas caindo
As mãos sujas e trémulas
Afagavam a perna dormente.

Em surdina, cantarolava
“É Natal… É Natal… Ouvem-se os sinos…”
E os sinos faziam-se ouvir
Uma… duas…
Doze badaladas são tocadas

No chão em sombreado
Caia inanimado
Aquele que nunca soube o que era
Natal.

Maria Antonieta Oliveira
02-11-2018

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