Barriquei-me no sótão dos sonhos
Acordei e adormeci
Dias e dias, noites e noites
Revendo o passado
Imaginando o futuro
Chovia lá fora
O vento fustigava as telhas
Senti medo
Sem saber o que fazer
Abri a porta
Desci a escada
Já sem estar barricada
Decidi jamais lá voltar
Para quê recordar?
Agora, vivo o momento
Deixei para trás o lamento
Aguardo serena o fim do meu tempo.
Maria Antonieta Oliveira
22-03-2020
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