quinta-feira, 2 de julho de 2020

Descoberta


Sentado na pedra fria do degrau já gasto
Olhas-me de soslaio
Miro-te à distância e sorrio
De mim para mim, questiono:
- O que tenho?
- Porque me olhas?
Sem respostas, rabisco folhas ao acaso
E no ocaso do meu olhar com o teu
Encontro a verdade desta caminhada
Pela areia quente deste deserto
Onde tu e eu bebemos da água cristalina
Daquele rio imaginário onde um dia
Consumámos o nosso amor.

Então,
Descubro-te
Descobrindo-me.

Maria Antonieta Oliveira
02-07-2020

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