quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Papel de Parede



Forrei as paredes da casa que seria nossa
O papel da cor do mar banhado de sol
Era um misto de alegria e felicidade
As nuvens pintadas com a luz da lua
Adornavam os recantos do quarto
Que seria o quarto do amor, do nosso amor
Na sala as flores cresciam pela parede nua
Dando vida a um lar por viver
Junto ao piano retirei o papel
O sol e o dó em sintonia, alegravam o dia
Já o ré, o fá e o mi ficaram esquecidos
Nas teclas brancas e pretas por tocar
Olhei o corredor e pensei melhor
Não, não há papel para o decorar
Basta lembrar o amor ali vivido
Aquele outro, aquele outro
O nosso amor proibido.

Maria Antonieta Oliveira
19-08-2020

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