Ouço-te
a gritar
São
gritos calados na angustia de viver
Trazes
a reboque uma vida por viver
Nas
costas os filhos por nascer
E
no coração a tristeza de perder
São
gritos dilacerantes
De
uma guerra trucidante
Corações
destruídos
Em
famílias estilhaçadas
Em
surdina calas teu sofrimento
E
partes sozinha
Olhando
para trás em lamento
E
gritas
E
choras
E
lamentas
E
sofres
E
eu ouço-te a gritar
Sem
nada poder fazer para te ajudar…
Mari
Antonieta Oliveira
03-03-2022
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