sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Calçada Portuguesa


 

 

 

Diz a história que a calçada Portuguesa

É uma arte centenária

É pedra, engenho e arte

Não se vê em qualquer parte

Lisboa, talvez seja primária

Nesta mostra dos calceteiros

De joelho no chão e martelo na mão

De uma pedra bicuda e fria

Fazem dela, um belo coração

Com orgulho

Com engenho

Com arte

De um chão árido e feio     

Sai uma caravela, uma flor, uma estrela

Tudo o que as mãos imaginarem e a mente lhe ditar.

Homens que embelezam

Aquilo que nós pisamos sem olhar.


E, Portugal tem a honra

Desta arte ser seu património

 

E, fica na história que

A calçada Portuguesa

É Património Mundial!


 Maria Antonieta B. A. Oliveira (Avozita)

30-08-2024

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Sonho Belo

 

Hoje, subi ao céu

Não havia degraus,

Nem cordas ou elevador

Havia um caminho de luz

Que me levou à Paz do Senhor.

 

De mansinho toquei um ponto do céu

Era macio e morno

Frio e escarpo

Era estranho

Muito estranho

Mas sedutor

O azul era mesmo azul

Provei o dedo com que lhe toquei

Era adocicado e amargo ao mesmo tempo

Seria o inferno naquele espaço?!

Tanta dúvida que surgiu!

 

Resolvi regressar

Sem escada com degraus

Sem cordas ou elevador

Como descer, meu Deus?1

Salvai-me Senhor!

 

Acordei sorrindo

Que sonho belo e lindo!

 

Maria Antonieta B. Alentado Oliveira

22-08-2024

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Se Eu Fosse Rouxinol


 

 

 

Se eu fosse um rouxinol

E soubesse voar

Ia no caminho do sol

Em busca de um lugar

Emoldurava algumas fotografias

Numa tela em forma de coração

Para cada uma fazia um poema

Que ficasse para a posteridade

Depois, voltaria à nossa praia

Buscando os búzios escondidos

Ensinava-lhes o som de um fado

Em que o amor fosse o tema

E  nesse eterno lema

Naquele lugar sagrado

Ficaria eternizado

Nosso amor

Nosso fado!

 

Ah! Se eu fosse um rouxinol!

 

Maria Antonieta B. Alentado Oliveira

19-08-2024

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Eu


 

 

 

Numa balança de dois pratos

Tentei pesar o que sinto

Perda, dor, sofrimento, eu

Sim, perdi todo o meu ser

Já não sou quem era

Já nem a minha assinatura faço

Tudo perdi, apenas num instante

O andar, a fala, os movimentos, tudo…

Aos poucos tenho recuperado

Mas falta tanto e o tempo já é pouco

Escasseia o tempo e aumenta a tristeza

O desespero, o desânimo, a alegria

Há bem piores que eu, claro que há

Mas… eu sou… eu era… eu

Agora, uma amostra de mim povoa e voa

Num desesperante voar de incertezas

Como será amanhã? Existirá?

E eu o que serei? Como estarei?

O que farei?

Ainda conseguirei ser eu?!

 Ou, serei arvore carcomida!...


No outro prato da balança, ficou a dor....

 

Maria Antonieta B. A. Oliveira

13-08-2024