Numa
balança de dois pratos
Tentei
pesar o que sinto
Perda,
dor, sofrimento, eu
Sim,
perdi todo o meu ser
Já
não sou quem era
Já
nem a minha assinatura faço
Tudo
perdi, apenas num instante
O
andar, a fala, os movimentos, tudo…
Aos
poucos tenho recuperado
Mas
falta tanto e o tempo já é pouco
Escasseia
o tempo e aumenta a tristeza
O
desespero, o desânimo, a alegria
Há
bem piores que eu, claro que há
Mas…
eu sou… eu era… eu
Agora,
uma amostra de mim povoa e voa
Num
desesperante voar de incertezas
Como
será amanhã? Existirá?
E
eu o que serei? Como estarei?
O
que farei?
Ainda
conseguirei ser eu?!
No outro prato da balança, ficou a dor....
Maria
Antonieta B. A. Oliveira
13-08-2024
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