sábado, 9 de agosto de 2025

Falhada

Sou ave sem penas, com pena

De ver o tempo a fugir

E jamais realizar os sonhos que sonhei

Fui indolente e inconsciente

Refilona sem refilar quando devia

Fui tonta sem tontice

Fui parva sem o ser

Fui incontida sem me conter

Fui resiliente e estouvada

Para quê se de nada serviu

 

Tento esquecer e não consigo

Tento ser apenas eu agora

Sou eu agora, mas…

Recordo sempre a outra de outrora

 

Maria Antonieta Bastos Alentado Oliveira

09-08-2025

 

 

 

 

Depois Tudo Acaba


 

Abana abana abanico

Torna o clima mais suave

Leva contigo meu amor

No bico daquela ave

 

Faz do vento teu balanço

E apressa o teu caminho

O tempo voa, não para

Deixando p’ra trás meu carinho

 

Sou meiga, terna e beijoqueira

Mas só tu me queres assim

Tenho pena que não me queiram

Por vezes juntos assim

 

Ontem já fomos unidos

Ontem já fui feliz sem saber

Pensando que nada acabava

E nunca vos iria perder

 

Eu, estou quase no fim

A idade vai passando

Depois chorarão por mim

Lembranças virão chegando

 

Acabou, só isso ficará

Tudo o resto acabará.

 

Maria Antonieta Bastos alentado Oliveira

09-08-2025