quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Noite de Insónia







Acabaram de bater no sino da igreja
cinco horas da manhã
O galo, também já deu a alvorada
E eu, continuo acordada

A mente agoniza cansada
Os pensamentos atropelam-se
neste cansaço resignado
com o passar do tempo.

Levanto-me,
Tento equilibrar o corpo trémulo
Agasalho-me e vou para a sala
Recosto-me no cadeirão de verga, almofadado
para pensar ordenadamente
As pálpebras pesam do sono perdido
Fecho os olhos
numa última tentativa de adormecer
mas não, nada acontece.
nada muda esta teimosia
de não querer dormir esta noite

O galo cantou de novo
O sino voltou a repenicar
Para quê? Se já estou acordada.

Salto do cadeirão
abro o frigorífico
e vou comer arroz-doce.


Maria Antonieta Oliveira



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