terça-feira, 20 de maio de 2014

É Tarde







É tarde,
A noite cerrou o sol na linha do horizonte

Lá fora,
As gentes recolhem pedaços de vida
Calam bocas fechadas ao ser
Janelas trancadas no tempo
Quais gaiolas balouçando ao vento
As luzes apagam-se por magia
A chama da vela que arde
Soprada na lareira onde se queima o tojo
Assombra as paredes vazias da casa nua.
As portas encerraram a vida

O crepitar da lenha ecoa no espaço
A lamparina de azeite se apagou
O corpo inerte do retrato na parede do fundo, se finou.

A lua criou o seu espaço
No espaço roubado ao sol.

É tarde,
A noite cerrou o sol na linha do horizonte.

Maria Antonieta Oliveira
20-05-2014

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