O sonho é livre... é deixar voar o pensamento... é acreditar no inacreditável... é atingir o inatingível... Amar... Sofrer... Beijar... Doer...

sábado, 28 de novembro de 2015
Reboliço da Alma
Veste-me as vestes do amor
Entra em mim como uma chama
Enfurecida na noite escura
Que trai e mente a ingratidão
A injustiça e a guerra
A terra onde caminhamos unidos
Na maldade nefasta das gentes
A raiva incontida, gemida
Grita bem dentro, de dentro de nós
Invade-me com palavras vãs
Ocas de sentimentos precisos
Deita-te na cama comigo
E jura-me falsidades infelizes
Contrapõe opiniões e divagações
Sai correndo p’ra rua em reboliço
Alarma o povo desprevenido
E ama quem te merecer amar
Voando nas asas de condor
Ave horrenda mesquinha
Urubu, abutre do mundo perdido
De um povo insano distorcido
De medos cóleras e degredos
Ódios ásperos ressentimentos
Caminhos de pedras soltas
De árduas montanhas paridas
Pelos ventos das manhãs agrestes
Nos invernos sinuosos da vida
Parte, aparta-te de mim, corre
Foge na longitude dos tempos
Capta imagens e sentires
De outros mundos e gentes duendes
Faz ouvir a tua voz bem fundo
Mostra-me teu rosto imundo
Revela-te a mim como és
Descalça resvalo meus pés
No doce caminho da paz.
Maria Antonieta Oliveira
28-11-2015
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário