segunda-feira, 24 de junho de 2019

Anoitece






Ouço o silêncio da minha alma
Num coração que chora
Lágrimas de sangue
De caminhos destroçados
Por seres indolentes.

Sal desse mar sem fim
Salgadas as lágrimas que verto
Insípido meu sonho desfeito
Salobro o beijo tardio
Nesse descampado inóspito e frio.
Sinto o bater das folhas molhadas
Parecem acariciar o meu triste rosto
O sol aparece sem me aquecer
O sal da vida desaparece
Sem que eu o possa impedir

Anoitece enfim,
A luz se apaga naquela vereda sombria
Onde caminhámos juntos
Sem nunca nos encontrarmos.

Maria Antonieta Oliveira
24-06-2019




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