sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Sol de Abril





Ontem, quando abri a janela do teu quarto
Olhei o céu desvanecida
O sol brilhava, o azul era mais azul
Ao redor, tudo estava florido
Sentia-se no ar a primavera a chegar
O cheiro florido imanava nos sentidos
Deambulei o sorriso pelo jardim
Num simples malmequer vi o teu olhar
Sorrias de felicidade
Finalmente vias a janela do teu quarto
Aberta à luz daquele dia majestoso
Pelas mãos, as mãos que tu sempre amaste
As tuas mãos guilhotinadas
Pelo caminho escolhido ontem
Naquele dia em que o sol se escondeu
E a chuva atormentou o caminho
Então,
Caminhámos, caminhando sempre
Por retiros e atalhos desprovidos
Sem sol ou luz que nos guiasse
E assim perdidos
Esperámos pelo odor primaveril
Para abrir a nossa janela
Naquele outro dia solarengo de Abril.

Maria Antonieta Oliveira
01-08-2019

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