terça-feira, 29 de outubro de 2019

Olho-te



Olho-te sem te ver
És semente do meu ser
Desconhecido este meu sentir
Que sinto amando
E amo sentindo
Ah como queria regressar
Ao tempo das flores renascidas
Dos campos verdejantes
E pastagens refrescantes
Dos caminhos percorridos
E dos sonhos convencidos
Voltar a sentir o aroma dos teus beijos
O calor dos teus desejos
O teu corpo humedecido no meu
Voltar sim
Voltar a ser criança
Noutro tempo de mudança
E olhar de novo
Esse olhar enternecido
Que me olhava amando
Que me amava olhando.

Maria Antonieta Oliveira
29-10-2019

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