quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Navio da Paz


Desliguei o telefone
As luzes apagaram-se
Recolhi-me ao recanto do sofá
Sofá encantado que me levou
Levou num sonho jamais imaginado:

Partimos num navio adornado de paz
À procura do mundo
Demos as mãos às crianças sofridas
Sarámos-lhes as feridas
Abraçámos idosos esquecidos
Cuidámos doentes em fim de tempo
Plantámos e semeámos aromas de vida
Dançámos a dança da felicidade
Convencidos que era esta a realidade

O sofá trepidou
O meu sonho acordou
Fiquei triste
Afinal,
O navio da paz não existe.

Maria Antonieta Oliveira
23-02-2020

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