quarta-feira, 3 de junho de 2020

Escrevo-te



Escrevo-te ao cantar da alvorada
Enquanto tudo dorme a meu redor
As árvores continuam de ramos fechados
Abrigando os pardais e os seus ninhos
Nem o cantar do galo já ouvi
Não há rumor de algo vivo
Para além de mim e de ti
Nesta carta que te escrevo.

As borboletas já esvoaçam procurando alimentos
Já ouço o latir do cão do vizinho
E o pipilar dos passarinhos ao esvoaçar
Sinto a suavidade do vento
Batendo na janela onde te espero
Quero ouvir a tua voz e ver o teu sorriso
Ao leres esta carta que escrevi
Quando o mundo ainda adormecido
E nada fazia sentido
Eu a escrevia, ao cantar da alvorada.

Maria Antonieta Oliveira
03-06-2020

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