De
garganta afinada saí para a rua cantando
O
xaile traçado encobria os meus ombros desnudos
De
coração partido o fado era o meu abrigo
De
copo na mão, rasgada de sofrimento
Deixei-me
ficar caída no chão, ao relento
Os
versos que outrora escreveras para mim
Já
não faziam sentido no meu cantar
Falavam
de amor, alegria e paixão
Agora
atraiçoada, vivia uma triste desilusão
Sozinha,
sem carinho, sem ti, sem o calor do teu amor
Restava-me
chorar um fado cantando à lua.
Maria
Antonieta Oliveira
11-03-2021
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