quinta-feira, 11 de março de 2021

Cantar à Lua


 

 

De garganta afinada saí para a rua cantando

O xaile traçado encobria os meus ombros desnudos

De coração partido o fado era o meu abrigo

De copo na mão, rasgada de sofrimento

Deixei-me ficar caída no chão, ao relento

Os versos que outrora escreveras para mim

Já não faziam sentido no meu cantar

Falavam de amor, alegria e paixão

Agora atraiçoada, vivia uma triste desilusão

Sozinha, sem carinho, sem ti, sem o calor do teu amor

Restava-me chorar um fado cantando à lua.

 

Maria Antonieta Oliveira

11-03-2021

 

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