terça-feira, 1 de junho de 2021

Papel de Jornal


 

 

Rabisquei umas letras num papel já gasto

Outrora jornal, lido por muitos

As mãos enegrecidas por muitas páginas passadas

A tinta soltou-se nas linhas por ler

Os cantos rasgados de tanto molhados

Pela saliva de quem os folheou

As minhas letras perderam-se

Ficaram omitidas, escondidas, esquecidas

O papel já gasto de um jornal qualquer

Foi o único refúgio onde guardei o meu segredo

Nele deixei escrito o nosso poema de amor.

 

Maria Antonieta Oliveira

01-06-2021

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