Rabisquei
umas letras num papel já gasto
Outrora
jornal, lido por muitos
As
mãos enegrecidas por muitas páginas passadas
A
tinta soltou-se nas linhas por ler
Os
cantos rasgados de tanto molhados
Pela
saliva de quem os folheou
As
minhas letras perderam-se
Ficaram
omitidas, escondidas, esquecidas
O
papel já gasto de um jornal qualquer
Foi
o único refúgio onde guardei o meu segredo
Nele
deixei escrito o nosso poema de amor.
Maria
Antonieta Oliveira
01-06-2021
Sem comentários:
Enviar um comentário