Oculto
os cadáveres dos sonhos já mortos
No
baú de um passado sem princípio
Onde
fui a vítima de mim própria
Matei-me
quando matei o caminho a percorrer
Matei
os meus e os teus sonhos
Matei
o meu futuro quando parei no tempo
Deixei
que o tempo fosse rei e senhor de mim
E
passou rápido, matando dia a dia
O
que poderia ter sido felicidade
Matou
a minha mocidade
Matei-a
eu, quando me deixei vencer
Pela
solidão, pela nostalgia, pela vida sem vida
Fingindo
ser o que não era
Vivendo
para o olhar dos outros
Matando
o meu próprio viver.
Agora,
oculto os cadáveres dos meus sonhos
No
baú escondido no sótão do meu corpo
Para
que ninguém os encontre e descubra
Que sou eu, a mestra dos palhaços.
Maria
Antonieta Oliveira
06-09-2021
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