És
sereia esquecida nas águas salgadas
Deste
rio que se fez mar
És
sombra perdida na penumbra
Desta
noite fria
És
pomba caída do beiral
De
um ninho por criar
És
taça partida de um vinho derramado
Ao
amanhecer
És
flor espezinhada no chão
Desta
rua sem destino
És
amor traído num dia
De
vendaval tardio
És
um poema por escrever
De
um poeta por nascer
És
a eterna contradição
De
uma vida sem existir
És
tudo e és nada
De
um ser imperfeito
Mas
és!
E
és o que consegues ser
Para
conseguires viver!
Maria
Antonieta Oliveira
01-02-2022
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