quinta-feira, 21 de julho de 2022

Árvore


 

Não me matam

Nem que insistam

A vida em mim se renova

Vou e volto

Nas voltas da vida.

Minha seiva vem à luz

Minha sombra acalma

Dá paz e harmonia

Meus braços abraçam

Os enamorados perdidos

Que se deleitam e enroscam

Na sombra do sol que queima

Minhas folhas, caem no outono

Embelezando o chão carente

O vento bate na copa

E elas voam como penas ondulantes

Mas voltam

A primavera volta com elas

Ou talvez sejam elas

Que voltam na primavera.

 

Eu, resisto

Não me matam

Nem que insistam!

 

Maria Antonieta Oliveira

21-07-2022

 

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