domingo, 16 de março de 2025

Parabéns Minha Ica Querida

FRANCICA

F orte mulher, menina

R isonha ou não, depende

A dolescente bela e airosa

N o tempo  dos namoricos

C om olhar meigo e doce

I ntuitiva e segura de si

S egura do caminho que segue

C arinha laroca da avó

A mo-te muito, minha princesa!

 

Avó Tieta (Antonieta)

 

19-03-2025


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Já Vivi Tanto

Já vivi tanto!

Conheci famosos que nem deram por mim

Conheci ruas que hoje são escumalha

Conheci comeres que hoje não como

Conheci fados e cantigas, cantados nas ruas

Conheci cabras que faziam quase magia

(ilusão de crianças)

Conheci teatro de fantoches pelas ruas

Conheci ruas limpas de podridão

Conheci a liberdade das portas abertas

Conheci o não ter medo, nem olhar de soslaio

Conheci dunas, hoje pedras num extenso areal

Conheci a verdade e a bondade

Conheci outras terras, outros mares

Conheci outras vidas com vida

E hoje?

Hoje sou aquela que já viveu tanto!

 

Maria Antonieta B.A. Oliveira

28-02-2025

 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Férias em Fevereiro


 

 

Vi montes e vales

Flores mimosas e silvestres

Vi pinheiros, muitos pinheiros

Alguns desventrados tristes

Outros austeros e viçosos

Vi mar, muito mar

Ondas majestosas e brancas

Sobrepostas, abusadoras

Engolindo-se umas nas outras

E por fim, morrendo na praia

No areal extenso

Ou nos rochedos altaneiros e robustos

Mais mar, muito mais mar

E chuva, e vento e sol

Frio de inverno e calor de inverno

Caminhei devagar, mas caminhei

E voltei a ver mar muito mar

Sorri, brinquei e fui feliz

Fomos dois miúdos crescidos

Num quarto de hotel escondidos

 

E vi o mar, muito mar

Logo pela manhã ao acordar

Abria a janela e o mar lá estava

Parecia que me esperava

Altaneiro, branco, viçoso e embalando

As ondas uma a uma, tantas, muitas

Lindas, belas, saudosas

Pareciam seda deslizando

Da cama nupcial de uns noivos felizes

E o sol não se ficou e brilhou também.

 

E vi o mar, tanto mar, tanto mar!

 

Maria Antonieta B. A. Oliveira

25-02-2025

 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Vermelha ou Encarnada?!


 

É vermelha

A flor que me deste

Ou será encarnada?

É linda

É símbolo do teu sentimento

Do teu, do meu, do nosso amor

Obrigada, minha vida

Por me teres posto este homem no meu caminho

Obrigada meu amor

Obrigada a nós

Obrigada a Deus!

 

AMO-TE  MUUUUUUUUUUUUUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIITTTTOOOOOOOOOOOOOO!!!

 

14-02-2025

Maria Antonieta Oliveira


 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Conchas


 

Recortada

Ondulada como o mar de onde vem

Abaulada

Com veios e areia vindos do mar

Tipo rocha

Macia ou rija como o mar ao agitar

Ui…picaste-me

De costas voltadas pelo balanço do mar

Brancas baças

Brancas brilhantes

Coloridas de vários tons

Assim o mar as traz

Assim o mar as leva

E neste vai e vem

Algumas ficam pela areia  esquecidas pelo mar

Ah! Tantas conchas apanhei em pequenina

Com tantas brinquei sem que o mar mas levasse

Na praia da Caparica

Sem rochas vedando as ondas bravias

E brinquei

E levei-as para casa

O mar. esse ficou batendo forte no real extenso e solarengo

Como era feliz e não sabia!

As conchas

E o mar!

 

Maria Antonieta B. A. Oliveira

04-02-2025

domingo, 2 de fevereiro de 2025

Quando Não Acordar


 

 

Um dia quando eu não acordar ao amanhecer

Não me acordem, deixem-me descansar no meu  sono

Não chorem, não gritem, não rezem alto

Quero o meu sono tranquilo e calmo

Deixem-me relaxar o pensamento, o corpo e a alma

Não me levem flores, não as irei ver nem cheirar

Se souberem leiam um poema da Florbela ou de Pessoa

Talvez eu ainda consiga ouvir

Não quero trapos na cara, quero que vejam como estiver

Quero que sintam o que senti por mim e por vós

Quero sorrisos de recordações felizes

As lágrimas, essas, deixem-nas deslizar no rio que eu amo

Ele levá-las-á à praia onde sempre sonhei

Mas por favor, não me acordem

Deixem-me prosseguir no caminho da paz

No meu sono eterno.

 

Maria Antonieta B. A. Oliveira

02-02-2025

sábado, 1 de fevereiro de 2025

Tudo Igual

 

Roubei o sal ao mar

Para ainda ter lágrimas e chorar

A felicidade foi curta

Tudo voltou a ontem e ontem foi triste

Porquê ter que voltar a viver tudo de novo?

Que merda!

Que merda de vida!

O sabor do pensamento

É amargo, hostil, frio e triste

Voltar atrás no tempo do sofrimento

Jamais pensei acontecer

E aqui estou de novo presa a uma peça

Peça que ele ama

Peça que me rouba

Não, não quero mais sofrer

Não quero voltar a não ser eu

Quero que a vida continue

Com paz e tranquilidade

Com amor  e serenidade.

 

Maria Antonieta B. A. Oliveira

30-01-2025

 

 

 

 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Doces Amargos

Doces, guloseimas, lágrimas

 

Cada gota de chuva caindo

É como uma bala em meu coração

Goteiras dos telhados deslizando

Dos beirais das janelas

Salpicos que molham

Papelões ensopados

Jornais sem vida na vida

E a vida, onde está? Onde fica?

Mortos com vida e vivos já mortos

Miserável puta de vida

Fome, frio, chuva, vento

Casaco apertado

Calças remendadas

Sapatos rotos

Meias rasgadas

Porque nasci para isto?!

Porque não morri ao nascer?!

Ou, sim, talvez tenha mesmo morrido

Mas nasci para sofrer

Sofrer esta vida na rua sem nada

Esta miserável puta de vida.

 

Maria Antonieta B. A. Oliveira

22-01-2025

 

 


quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Poema Quebrado


 

Era noite e eu, sonhava

Ouvia o marulhar das ondas

Batiam forte no rochedo

Imaginei-me na praia

Descalça, despida, desnudada

Não estavas lá

Sozinha sonhava com o sol atrevido

E a lua escondida, marota

Sentia-me livre

Completamente livre

Como as letras de um poema

Bailando aos olhos do poeta

Baralhadas ao ritmo do bater do coração

Envolvidas na imaginação

Do bater do sino na torre do relógio.

 

Maria Antonieta B. A. Oliveira

16-01-2025

 

Somos Poesia


 

 

Já fui vítima de ti

Já fui agredida por ti

Também já fui traída por ti

Maltrataste-me

Roubaste-me

Odiaste-me

Quantas palavras em vão

Oraste sem fé

Amaste sem amor

Viveste em mim

E comigo

Foste o que eu quis que fosses

Foste o que eu fui

Sofreste o meu sofrimento

Sorriste o meu sorriso

Amaste a quem amei

Juntas temos vivido

O dia a dia das nossas vidas

Unidas em letras distraídas

Em junção e comunhão

Do que nos dita o coração.

 

Somos duas, ou uma, como queiras

A mim tanto me faz

Somos rimas sem rimas

Poesia sem poesia

Poeta que escreve com emoção.

 

Maria Antonieta B. A. Oliveira

15-01-2025

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Gratidão

 

 

Foram muitos os dias

Foram muitas as noites

A chorar

Sem dormir

Ou a dormir demais

A pensar

No que iria vir

Quase sem andar

Pernas pesadas

Poucas passadas

Como iria ficar?!

Letras trocadas

Palavras desconectadas

Cabeça oca

Pensamentos loucos

Tudo negro e negativo

Mas

Nossa Senhora ouviu-me

E Deus atendeu-me

Meses, muitos meses passaram

Quase tudo voltou ao normal

Somente tenho uma palavra

Ditada p'lo coração:

 

Gratidão!

 

Maria Antonieta B. A. Oliveira

30-12-2024

 

 

 


quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Castelo de São Jorge


 

 

Castelo altaneiro

De torres majestosas

E ameias bem vistosas

Com seus recantos e encantos

Seus bancos p’ra descansar

E outros mais escondidos

Atrevidos

Bons para namorar

Suas fontes e lembranças

D’outros tempos e andanças

Flores e arvoredos

Ruelas e seus enredos

Outros tempos

Outras eras

Amores e desamores

Recordações e quimeras

Reis rainhas vassalos

Até lá entraram cavalos

Hoje tudo é nostalgia

Tristeza e alegria

Beijos às escondidas

De princesas atrevidas

E príncipes encantadores

Assim trocavam-se amores.

 

Ah Castelo se tu falasses

Muita coisa contarias

Entre espadas cavalos e beijos

Tantos segredos tu dirias.

 

Maria Antonieta B. A. Oliveira

18-12-2024

 

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Cinquenta e Cinco




 

 

Vestida de branco

Sem branco vestido

Qual noiva em pureza

No dia do enlace

Nem noiva nem enlace

Nem pureza da brancura

 

Mais um ano

Apenas mais um ano

Em que unimos as mãos

No altar de Nossa Senhora

Já são muitos os anos

Serão ainda muitos mais

Com amor verdadeiro

E se possível, saúde

 

Cinquenta e cinco

Bodas de Ametista

Pedra de simbolismos vários

Todos positivos e protectores

Seremos felizes

Agora somos felizes.

 

Maria Antonieta B. A. Oliveira

17-12-2024

 

 


terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Porquê?


Guerra

Ódio

Inveja

Maldade

Sacanagem

 

Sangue quente

Sangue morno

Sangue frio

Morte

Tristeza 

Dor

Sofrimento

 

Jovens

Mulheres

Crianças

Homens

Famílias

Sem casa

Sem nada

 

Porquê?

Porquê, meu Deus?

Só vós o sabeis!

Mas…

Porquê?

 

Maria Antonieta B. A. Oliveira

10-12-2024 

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Filha da Lua


 

 

 

Sou filha da lua

Nasci bem lá no alto

Um dia, veio uma cegonha

E trouxe-me em seu bico

Para os braços de minha mãe

 

Sou filha da lua

E como ela, sou aluada

Uns dias sorrio por tudo

Outros, choro por nada

 

Sou filha da lua

E da cegonha que me trouxe

Sou filha da minha mãe querida

E do meu pai muito amado

 

Sou filha da lua

Sou filha da paz de Deus

Sou filha do amor

E para ela, os versos meus.

 

Maria A. B. A. Oliveira

04-11-2024

 

sábado, 19 de outubro de 2024

Acto Consumado


 

 

É fresca a água que corre da fonte

Leve e pura, como a pureza dos teus beijos

A seda da tua saia voa como andorinha feliz

É vistosa e atrevida a tua saia de seda

Tua blusa entumecida de bicos salientes

Desnuda os teus sentimentos, desnuda-te

Queria entrar na tua saia e sentir o seu voar

Deslizar nessas pernas delgadas mas belas

Sentir teu respirar arfante ofegante

Desejos beijos carícias sonhos

Sinto a humidade do teu covil

Meu também, por amor

Dás-ma, e sinto que a blusa já não existe

És minha, sou teu, somos um só

Num amor de saia de seda e blusa atrevida.

Há quantos anos, amor!?

Há quantos anos te desejo assim!

Talvez um dia, quem sabe?!

 

Maria Antonieta B. A. Oliveira

19-10-2024

 

 

 

 

Saindo


 

Saber sair com delicadeza:

 

Não dizer mal de quem fica

Não contar os segredos ouvidos

Não se achar melhor que ninguém

Não olhar de lado, sempre de frente

Não recordar os maus momentos

Não esquecer tudo o que de bom aconteceu

Não ser egoísta nem hipócrita

Não ser infiel à sua fidelidade

Não deixar morrer o que viveu

Não deixar de amar quem amou

Não esquecer quem a amou.

Não vou em bajulamentos

Não vou em selecções, serei selectiva.

 

 

Assim sairei deste pequeno / grande meio onde vivi desde 2009

Continuo a ser eu mesma, simples, humilde e honesta.

Irei sem obrigação, apenas onde me apetecer e puder.

Colaborarei também apenas no que eu quiser.

Celebrarei sozinha as minhas vitórias, sem palmas fingidas

Com orgulho por ser eu, e ser como sou, e o que sou.

Não me seduzirei por prémios comprados, serei eu a ofertar-mos.

 

Maria Antonieta Bastos Alentado Oliveira

18 de outubro de 2024

 

 

domingo, 13 de outubro de 2024

A Nossa Viagem


 

 

Disseste-me um dia
“já tenho alguém a quem amar”

Eu digo-te, meu querido

Já tenho alguém  com quem conversar     

 

Histórias de antanho

O tio já as conhece

Aos vizinhos não as conto

Conto a ti, porque me apetece

 

Há tanto e outro tanto

Para te poder contar

Mas quando à Vidigueira formos

Tudo te vou revelar.

 

Vamos pedir a quem manda a chuva

Que nos mande bonitos dias

Para o quarteto dos Oliveiras

Irem conhecer e relembrar

O que os nossos viveram

Em anos, meses e dias.

 

Meu querido sobrinho

Já estou com a viagem sonhando

Faz as malas, embala tudo

E num repente iremos caminhando.

 

Beijinhos meu querido sobrinho

13-10-2024

 

domingo, 15 de setembro de 2024

Batom Escorrido


 

Gravei o teu nome

No espelho do meu quarto

A batom vermelho

Quero vê-lo logo ao acordar

Para sentir a  tua presença  ausente

Para de imediato pensar em nós

No amor que existe para além de tudo

Para além de todos, nós

Sempre nós unidos num só amor

 

O batom esborratou

Escorreu pelo espelho

Já não o leio ao acordar

Mas sinto-te a meu lado

Não preciso do espelho

Muito menos do batom

Pois os beijos serão de amor.

 

Maria Antonieta B. A. Oliveira

15-09-2024


 

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Calçada Portuguesa


 

 

 

Diz a história que a calçada Portuguesa

É uma arte centenária

É pedra, engenho e arte

Não se vê em qualquer parte

Lisboa, talvez seja primária

Nesta mostra dos calceteiros

De joelho no chão e martelo na mão

De uma pedra bicuda e fria

Fazem dela, um belo coração

Com orgulho

Com engenho

Com arte

De um chão árido e feio     

Sai uma caravela, uma flor, uma estrela

Tudo o que as mãos imaginarem e a mente lhe ditar.

Homens que embelezam

Aquilo que nós pisamos sem olhar.


E, Portugal tem a honra

Desta arte ser seu património

 

E, fica na história que

A calçada Portuguesa

É Património Mundial!


 Maria Antonieta B. A. Oliveira (Avozita)

30-08-2024

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Sonho Belo

 

Hoje, subi ao céu

Não havia degraus,

Nem cordas ou elevador

Havia um caminho de luz

Que me levou à Paz do Senhor.

 

De mansinho toquei um ponto do céu

Era macio e morno

Frio e escarpo

Era estranho

Muito estranho

Mas sedutor

O azul era mesmo azul

Provei o dedo com que lhe toquei

Era adocicado e amargo ao mesmo tempo

Seria o inferno naquele espaço?!

Tanta dúvida que surgiu!

 

Resolvi regressar

Sem escada com degraus

Sem cordas ou elevador

Como descer, meu Deus?1

Salvai-me Senhor!

 

Acordei sorrindo

Que sonho belo e lindo!

 

Maria Antonieta B. Alentado Oliveira

22-08-2024