sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Jazia No Chão






Junto ao candeeiro jazia no chão
Qual folha de outono soprada p’lo vento
Descalça, sem tecto
Desnuda, sem leito
Um corpo franzino
de ossos carcomidos
vencidos pela fome.
Guerreira num mundo sangrento
Outrora flor de um jardim feliz
Agora ruína, destroçada, infeliz.

Na luz ténue
Adormecia e sonhava
Ser flor renascida
na primavera da vida.

Maria Antonieta Oliveira
18-11-2016

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