quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Mente Baralhada





De mente baralhada
Caminho ao longo da estrada
Onde me esperam desvios e desatinos
Incertos trilhos e destinos esquecidos
Na frondosa floresta, me perco
Nem sol nem lua me acompanham
Sinto-me só, desesperadamente só
Procuro conforto no silêncio das árvores
No manto das nuvens encontro o calor
Que aquece o meu coração magoado
Sofrido e gelado na esperança vã
De um amanhecer sorridente e caloroso
De um amanhã em que me reencontre
Em que saiba como ser feliz sem sofrer.
No brilho das estrelas encontro a paz
Tão curta e ligeira como a felicidade do momento
O momento que passa e deixa saudade
Saudade traiçoeira, matreira e ingrata
Que magoa e faz chorar um coração empedernido
A chuva que cai impiedosa limpa meu ser pecador
Dos meus olhos tristes correm lágrimas de sal
E sofro, e choro, e grito, e imploro
Perdão!
Perdão, meu Deus!
Perdão!

De mente baralhada
Caminho ao longo da estrada.

Maria Antonieta Oliveira
17-11-2016



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