sábado, 29 de dezembro de 2018

Cheiro a Morte




A semente na terra depravada
Cheira a morte
Morte perpetuada na semente renegada à terra
Cheira a frio
Ao frio do calor de um estio tardio
Cheira a rosas
Com espinhos cravados na inocência de quem sofre
Cheira a lírios
Espezinhados na estrada pardacenta
Cheira a fumo
Do fogo ardente da virgem que parte
Cheira a sol
Ao calor que cai a pique na alma sofrida
Cheira a vida
Do choro nascido num parir de amor

Mas
A semente na terra depravada
Cheira a morte.

Maria Antonieta Oliveira
29-12-2018



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