quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Pudesse Eu

(foto Joaquim Sustelo - Horizontes da Poesia)


Pudesse eu encontrar-te
Para lá desse céu em combustão
Pudesse eu sonhar-te
Para lá desse mar em calmaria
Pudesse eu aquecer-te
Para lá desse sol que parte
Pudesse eu ver-te
Para lá dessa lua enamorada
Que me confunde e ofusca
Tornando-me um felino
Divagando em sonhos humanos
Na esperança de ao longe
Ouvir o teu doce chamado
E, num afago carinhoso
Me aninhar no teu colo
Até o sono nos separar
E eu, sozinho no meu canto
Adormecer e ronronar.
Pudesse eu!

Maria Antonieta Oliveira
12-12-2018

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