(foto de um desafio no Horizontes da Poesia)
Sinto-me só!
Tão só!
Todos partiram, sem mim
Até o sol e a lua me deixaram
Apenas uma neblina ficou
Rosada, brilhante, cadente.
Desventrada, roída
Nem portas ou janelas
Se abrem para o dia que nasce
Ou para a noite que se avizinha
Apenas tu, velha árvore carcomida
Já sem vida
Desfolhada, perdida
Ficaste comigo
Ficaste
Porque também a ti deixaram esquecida.
Ao longe, imagino a esperança
Talvez, quem sabe,
Um dia alguém virá
E de novo a vida acontecerá
Eu e tu,
Fazendo parte de um jardim
Onde as flores se amem
E os homens se respeitem
Onde as crianças sejam felizes
E os pássaros se beijem.
Ao longe!
Apenas ao longe!
Sinto-me só!
Tão só!
Maria Antonieta Oliveira
07-12-2018
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