Não
quero flores, nem cruzes, ou velas
Não
quero ver-vos de preto
O
preto, é para as altas cerimónias
E
esta será apenas uma, num dia qualquer
Que
chegará em breve, acreditem
Estou
demasiado cansada de não existir
Nem
mensagens, nem telefonemas, nada
Nada
obtém uma resposta
Para
quê? Já basta ter que a aturar
Quando
não consigo esconder-me a tempo
Já
nem dinheiro tem para me dar
Ou,
pouco me dá
Para
que serve tê-la, afinal?
Um
almoço, de vez em quando?!...
Ou,
um jantar somente?!...
Não!
Não
quero lágrimas de quem não me liga agora
Guardem-nas
para outras ocasiões
Se
acaso formarem um rio
Sou
eu que choro convosco,
As
lágrimas que agora me fazem chorar
Em
breve partirei!
Maria
Antonieta Bastos Alentado
25-03-2024
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