Ouço
ranger
Uma
porta que bate
A
janela que se fecha
A
escuridão me assola
Meu
coração partido
Pede
amor
O
escuro assusta-me
Estou
só
O
vento estrangula tudo por onde passa
Grito
Choro
Clamo
Mas,
nada
Nem
sequer o amor aparece
Esse
há muito partiu
O
mar ou sei lá o quê, o levaram
E
eu fiquei na minha angústia
Na
minha esperança de que talvez um dia…
Jamais
chegará esse dia
Porque
a porta se fechou com a batida do vento
E
a janela de vidros partidos empedrou
Com
o passar do tempo.
Fechada
no escuro que procurei
Assim
me manterei
Até
o ranger do caixão se fechar.
Maria Antonieta Bastos Alentado
27-03-2024
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