quinta-feira, 21 de abril de 2022

O Vento


 

 

 

Sinto-me inseguro com o vento a soar

O seu ruído mete-me medo

As folhas restolham no passeio

As portas mal fechadas deixam o vento passar

E nas janelas sopram as cortinas

E o uivar do vento nas telhas partidas

É como um pesadelo de vidas perdidas

 

Mas, já cresci, já sou mulher

E o vento é tempo que já passou

Assim como o medo inseguro

Hoje é vivido noutro momento

Mais maduro, mais consciente

De que o vento sopra, mas passa

E o medo é sugestão de desgraça

 

Hoje, já não tenho medo do vento.

 

Maria Antonieta Oliveira

21-04-2022

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