Amanhã
fui apanhar o sol da meia noite
Fugi
do cemitério sozinha
Agora
estou só, ninguém sabe de mim
No
caixão ficaste tu, à espera da mão
A
mão que te acaricia e abraça
A
mão que te ama e massaja
A
mão que beijas com amor
O
nosso eterno amor
Mas
eu fugi, a terra estava húmida
Das
lágrimas choradas pelos que ficaram
Poucos,
muito poucos
Mas,
ainda alguns
Já
não choram, só levam flores
De
ano a ano, uma vez apenas
Será
que ainda vão voltar?
E
eu, o que faço aqui sem ti
Espera,
amor, vou já
Já
estamos de novo quentinhos e de mão dada
Como
sempre estivemos ao adormecer.
Maria
Antonieta B A: Oliveira
19-07-2024
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